É cada dia mais comum encontrar crianças que procuram os consultórios dos pediatras com queixas de gastrite, doença que se caracteriza pela inflamação da mucosa do estômago.
Além do estresse, fator de risco importante para a gastrite, há outras causas por trás da doença, como a predisposição genética, maus hábitos alimentares e uso indevido de determinados medicamentos.
Como hoje as comidas prontas, congeladas e os temperos industrializados são opções práticas, muitos pais optam por elas para poupar tempo. A maioria é rica em sódio, corantes e outras substâncias irritantes tornando-se um perigo, ou seja, podem levar à gastrite e até úlceras.
O uso recorrente de anti-inflamatórios e de antibióticos, sem a indicação adequada, é outro agravante. Esses medicamentos possuem substâncias que podem causar lesões na mucosa do estômago. Na dúvida diante de uma enfermidade, o ideal é procurar um médico antes de recorrer a um medicamento.
Como nem sempre os menores são capazes de explicar o que sentem, é importante que os pais fiquem atentos quando ouvirem queixas de dor e desconforto abdominal, queimação, episódios frequentes de vômitos e perda de apetite. Em casos mais raros, ocorrem ainda vômitos com sangramentos.
O tratamento para gastrite pode ser feito com medicamentos específicos que reduzem a secreção ácida do estômago. Mas a mudança nos hábitos alimentares também é essencial. De acordo com a gastroenterologista pediátrica, quem sofre com o problema deve evitar alimentos gordurosos, apimentados, além de ácidos, como algumas frutas. “O ideal é seguir uma dieta saudável e alimentar-se a cada três horas”, recomenda.