Seis dicas para cuidar bem da audição

Seis dicas para cuidar bem da audição

Um cuidado que deve ser tomado, mas que as pessoas não se preocupam muito, é com a audição. Pensar que ficar surdo é somente preocupação da terceira idade é coisa do passado. Apesar de a perda auditiva ocorrer nos idosos devido à degeneração das células sensoriais da audição ou do nervo auditivo, a surdez surge também na infância. As crianças adquirem a perda quando há casos graves de otites, inflamação no ouvido médio, pequeno espaço cheio de ar atrás do tímpano.

De acordo com o chefe do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Socor e professor de otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina do UNI-BH, Marconi Teixeira, os sintomas mais comuns são dificuldades de entendimento da fala, necessidade de aumentar o volume de som de equipamentos eletroeletrônicos, desatenção e, até mesmo, queda no rendimento escolar.

Jovens e fones de ouvido
Levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) e pela PROTESTE Associação de Consumidores, em São Paulo, constatou que, em um grupo de 68 alunos, somente 14 ouviam música com volume menor do que 85 decibéis (dB), considerado seguro para a audição. A média foi 92 dB, com pico de 109 dB. Uma furadeira pneumática, por exemplo, emite sons entre 100 dB e 105 dB. Uma avenida movimentada tem, em média, ruído de 85 dB.

Além disso, 21 destes jovens afirmaram ouvir música de duas a quatro horas diárias, tempo considerado excessivo para uso dos fones. Os alunos que participaram espontaneamente do estudo têm, em média 15 anos (de 11 a 18 anos) e são estudantes de grandes escolas paulistanas.

Presidente da SBO e diretor do Departamento de Otorrinolaringologia da Santa Casa de São Paulo, Paulo Roberto Lazarini, diz que o aparente descuido dos jovens com a saúde auditiva é mais norma do que exceção no Brasil, em todas as faixas etárias. “As pessoas só vão ao otorrino quando estão com infecções, dores de ouvido ou perdas auditivas graves. Também costumam ver televisão, ouvir música em volumes muito elevados, o que, em algum momento de suas vidas, causará problemas sérios à audição.”

Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da PROTESTE, defendeu normas de segurança mais rígidas para o uso destes aparelhos e fones. “É urgente que sejam definidos limites de volume para estes dispositivos móveis, e que os pais ou outros responsáveis conversem com as crianças e jovens para destacar os riscos de perdas auditivas provocadas pelo som alto”, adverte.

Fique atento:
• Ouça música e assista a vídeos com volume de som até 85 dB.
• Se tiver dúvida sobre a intensidade do som, gradue o volume do aparelho até a metade.
• Dê períodos de descanso aos ouvidos.
• Se alguém próximo estiver ouvindo o som de seus fones, tenha certeza de que o som estará muito alto.
• Além do volume, o tempo de audição é relevante e pode prejudicar a saúde auditiva. Tente limitar o uso de fones de ouvido a uma hora diária.
• Leia atentamente o manual de instruções dos fones.
• Quanto maior o volume de som, menor o tempo recomendado de uso dos fones.
• Não compre fones de ouvido em camelôs nem sem sites internacionais desconhecidos.
• Mantenha os fones limpos, pois estarão em contato com seu ouvido.
• Vá ao otorrinolaringologista regularmente, e sempre que perceber dificuldades ou desconfortos auditivos.
• Procure usar os fones em ambientes menos barulhentos, para que não tenha de aumentar o volume em excesso.

Fonte: sites.uai.com.br

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